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Vilnei Pinheiro Sessim
Convidado

Responsabilidade no trânsito Empty Responsabilidade no trânsito

Qui Mar 14, 2019 9:01 am
Aos colegas militantes na área de trânsito e transporte.
Vejo tudo isso como um retrocesso!
Entendo que neste momento, o que se chama de desburocratização, não passa de medida populista, pois, se ao longo de 20 anos trabalha o tema trânsito com tanto afinco, inclusive com a responsável atitude da ONU declarando a Década de Ações pela Segurança no Trânsito, de uma hora para outra, abandonar totalmente este modelo, poderá ser uma medida sem precedentes.
A cada dia mais veículos nas ruas, a necessidade do cidadão brasileiro e o sonho, ainda é TER um veículo. Nosso jovem numa crise de auto conhecimento que não sabemos realmente quando é o momento que virou adulto, tomar uma medida de desburocratizar em nome do peso do Estado sobre os ombros do cidadão, não justifica. Quem pagará a conta da Imperícia?
Entendo que é o momento de unir esforços para construir um transito mais qualificado e melhor, não é um liberalismo total que vai salvar nosso problemas de acidentalidade e sinistralidade. O nosso condutor precisa ainda de cumprir com seus Deveres. Precisa ainda saber que a regra, a norma, a Lei precisa ser cumprida, custe o que custar, é uma questão cultural.
Os instrutores de trânsito fazem milagres com na transmissão de conhecimento, faze muito bem por sinal. A interação com o aluno em sala de aula, não tem preço.
Entendemos que nosso pais ainda não está preparado para o curso a distância ( EAD), poderá até estar preparados os alunos das academias Militares por exemplo que tem disciplina no dia a dia, mas nossos filhos que muitas vezes não auxiliam no simples arrumar sua própria cama, não tem disciplina suficiente para isso.
Não existe outra medida responsável,que não seja neste momento, manter o modelo atual, realizando estudos e levantando dados para melhoria, mas isto não será feito em 3 dias , 1 mês ou 1 ano, é trabalho para décadas, e ai sim podemos dizer que o Estado tomou uma atitude responsável.
Vilnei Pinheiro Sessim
Presidente do Instituto Zero Acidente.
Joel Garcia da Costa
Joel Garcia da Costa
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Responsabilidade no trânsito Empty Re: Responsabilidade no trânsito

Sex Mar 15, 2019 9:14 am
Prezado, bom dia!

Estou trabalhando com trânsito há 21 anos e meio trabalhei com Agente de Trânsito e depois (até hoje) fiquei responsável por transporte público, estatísticas de acidentes de trânsito, depois por processamento de multas e paralelamente, a educação de trânsito, através de incontáveis palestras.

Comecei nas palestras indo passar filmes em notebook, auxiliando meu Diretor de Trânsito da época, em 2011, dentro de uma CFC. Com o tempo, como eu tinha muitas informações, principalmente sobre a acidentalidade, e sempre fui um cara das letras, meu Diretor me deu a oportunidade de palestrar também, onde comecei a fazer vídeos educativos para ilustrar essas palestras.

Estou citando isso aqui pela seguinte razão: percebi a importância de que, a cada nova turma a se instruir no CFC, que era o maior de nossa cidade, dos alunos conhecerem a realidade do trânsito diretamente de quem operava todo o sistema municipal, com números reais da acidentalidade, com projetos em andamento e executados que traziam resultados positivos, com erros e acertos. Isso, segundo os professores do CFC informavam, enriquecia muito o curso, pois era uma maneira honesta dos alunos saberem tudo que o Departamento de Trânsito fazia pela cidade e das dificuldades existentes. Em suma, plantávamos a semente da educação de trânsito em vários corações.

Pois bem, aonde quero chegar: hoje estou restrito às palestras do Maio Amarelo em escolas (um trabalho muito bacana, diga-se de passagem), às empresas que solicitam palestras nas SIPATs e em eventos públicos onde nos é solicitado. O meu Diretor deixou o Departamento em 2016 e ele era o vínculo com o CFC, portanto, perdeu-se esse importante trabalho que realizávamos durante o horário de trabalho, uma ou duas vezes por meses, quando não o fazíamos também às noites, em nossos horários de folga.

Desta forma, devido essa minha experiência de quase 5 anos de palestras em CFC, penso que seria importantíssimo que essa ação fosse algo mais constante, até quase uma exigência, pois vejam só: obriga o Departamento a realizar a chamada Educação de Trânsito, na preparação de material, apresentações, folders, vídeos e leva informações reais para os condutores que vão dirigir na região onde aquele Departamento tem atuação.

Penso que esse tipo de trabalho é algo indispensável, pois reside na educação a resolução para o caos que enfrentamos no trânsito, obviamente com uma fiscalização justa dando suporte. Sempre tive comigo a seguinte reflexão: temos que apostar cada vez mais nos condutores e na sua educação, pois são eles que vão atuar depois, de forma individual ou coletiva, para o bem estar no trânsito. São eles que não podem falhar na direção de um veículo ou enquanto pedestres; são eles que devem servir de exemplo para seus filhos e outros familiares. Não existe outro caminho, a educação é a chave. Quanto mais apostarmos nisso, mais teremos a chance de reverter esse jogo, no qual estamos perdendo de goleada...

Costumo levar nas palestras a seguinte informação triste para tocar os corações dos presentes: "Moramos numa cidade com 120 mil habitantes. No trânsito morrem cerca de 40 mil por ano. Basta fazerem a conta: é como se, de um ano para o outro, 1/4 de nossa cidade morresse, sumisse do mapa, sucumbisse à dor... Uma dor insuportável, sempre reacendida em todas as vezes que aquele que ficou vivo ouvir falar de um acidente de trânsito violento, pois foi a violência que retirou de sua vida alguém que ele amava e isso é muito difícil de aceitar, é uma ferida que jamais vai cicatrizar..."

Abs.,
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Rodrigo Bittencourt
Mensagens : 38
Data de inscrição : 02/03/2019
Localização : Brasil

Responsabilidade no trânsito Empty Sou favorável a parar de regulamentar.

Ter Mar 19, 2019 1:20 pm
A única forma de acabar com acidentes de transito é proibindo o uso de todos os tipos de veículos motorizados ou não. NUNCA existirá transito perfeito.
Aceitando este fato, vamos então aos dados:
Em média por dia só em SP são feitos mais de 5 milhões de viagens( deslocamentos) com uso de automóveis. Se expandir este número para todas as cidades do Brasil guardada suas devidas proporções podemos ter certamente mais de 20 milhões de deslocamentos /dia, sem somas as estradas.
Isso multiplicado por 365 dias temos mais de 7,3 bilhões de deslocamentos por ano e destes uma fração de 40 mil mortes/7,3 bilhões = 0% de acidentes por deslocamento.
Ou seja, estamos enxergando com lupa a estatística de acidentes. Essa conta fiz com 40 mil mortes, mas mesmo se fossem 1 milhão, ainda não teria efeito sobre o número de deslocamentos e número de horas por dia.

Na maior parte do tempo todos no Brasil estão andando sem cometer nada de errado e sem gerar problemas. O transito é seguro e por isso estamos aqui e saímos todos os dias para trabalhar sabendo que a chance de morrer em um acidente é pequeno.

Os excessos de medidas, palestras educativas, rigor de punição entre outros apenas existem para gerar MEDO no cidadão e estresse em dirigir.
No japão costumam premiar aqueles que não fumam no trabalho.
Aqui devemos celebrar o baixo número de mortes e criar prêmios ao cidadão comum que obedece todas as regras e criar cada vez mais formas de incentivar o bom motorista que faz parte da maioria e não é tratado de forma digna.

Abandonar reduzir loucuras da lei e das normas que geram injustiças e geram prejuízos ao povo.
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